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>> Colunistas > Lázaro Freire RELATO: Minha experiência com daime / ayahuasca Publicado em: 25 de outubro de 2006, 11:48:08 - Lido 5156 vez(es) Minha experiência com ahiuasca, em quantidade mínima de controle, e sugestão do próprio Wagner Borges, me mostrou coisas que imaginava: há uma aceleração vibracional desordenada, onde cada chakra entra num estado vibracional de frequência diferente. Não sei se isso é bom ou mal, se vale a pena ou não (essa resposta depende de cada um, e do que conseguirá com o processo), mas me parece um método estranho, que, alterando as frequências vibracionais / conscienciais das corpóreas e cerebrais, só pode mesmo levar a uma saída (expulsão) do corpo físico. Além do mais, encontrei exatamente o que imaginava encontrar, do lado de lá; com detalhes de controle, e influências tanto projetivas reais quanto oníricas aceleradas pelo uso do FORTÍSSIMO alucinógeno. O que me dá subsídios, como pesquisador, para entender porque tantas pessoas "juram" ter encontrado exatamente o que, no fundo, sempre gostariam de encontrar. Nesse estado, você é o seu diretor, e isso, se não invalida a experiência, também não pode ser usada como prova de autenticidade, por si. Estou falando TECNICAMENTE, sem entrar em juizo de valor. Se a pessoa vai fazer ou não uma BOA saída a partir daí, é com ela - assim como é ela mesma que deve ou não responder, apenas para si mesma, se usou em caso raro e necessário ou como fuga consciencial, se tem condições de lidar TAMBÈM com o que o acesso ao inconsciente e suas trevas psíquicas (inevitável) vai trazer, e se uma substância que é tecnicamente alucinógena (embora tolerado NESSE país) é um bom preço a pagar ou não para o seu acesso consciencial. No caso do XXXXXXXX, parece que foi. Também não é qualquer pessoa, nem fez uso direto, nem foi um atalho consciencial - e sim uma ajuda de auto-compreensão para uma pessoa que já era clarividente, e que já está na lida de dharmas espirituais (e suas boas companhias) há muito tempo. Para a média da população, e no ritmo e intenção que procuram, tenho cá minhas dúvidas. Ainda falando tecnicamente, do ponto de vista psicanalítico, se o estado eufórico / espiritual for alcançado por ingestão do que for (ou por pessoa, ou por toque de alguém, ou qualquer coisa EXTERNA à consciência dela mesma), isso ainda não é o seu estado íntimo. Logo, tudo o que subiu, tem que descer. O acompanhamento próximo de vários casos de psicopatologias graves ocorridas pouco tempo após a ingestão de daime, como parte de um processo psíquico iniciado pelo acesso desmedido ao inconsciente, me faz ver hoje com reservas seu uso por pessoas que não estejam MUITO BEM equilibradas (no mínimo, anos e anos de lida espiritual séria, ou alguns anos de terapia). Ou seja: Quem pode usar, em geral não precisa muito. E quem "precisa" muito usar, em geral não deve. -- Lázaro Freire lazarofreire@voadores.com.br
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